terça-feira, 23 de novembro de 2010

A necessidade dos Assistentes Sociais nas Escolas Públicas

A Educação é um direito social garantido em nossa Constituição. No entanto, a efetivação deste direito só foi possível com a organização e a luta de amplos setores sociais, não só de educadores, mas também de pais, estudantes e todos os cidadãos que acreditam na transformação social a partir da educação.

Mas não basta construir escolas e equipá-las. Pois dentro das nossas escolas vivenciamos todas as contradições de nossa sociedade. Lá nos deparamos com violências, reflexos de problemas familiares e sociais, que afetam de forma significativa o aprendizado de nossos alunos.

Como dentro da escola temos uma amostragem das diversas realidades que enfrentamos em nosso dia-a-dia, não podemos deixar apenas para os professores e pedagogos a tarefa de responder a estes desafios. Para responder a estes e outros desafios que são apresentados hoje é que se propõe a introdução do profissional do Serviço Social dentro das escolas. O seu trabalho possibilitará o fortalecimento das redes de sociabilidade e o acesso a serviços sociais e institucionais voltados para o reconhecimento e ampliação dos direitos dos sujeitos sociais envolvidos no processo educacional, notadamente os alunos e seus familiares.

É com este objetivo que estão sendo criadas as leis que introduzem o trabalho do Assistente Social nas Escolas. E aqui em Manaus, não pode ser diferente.

O cotidiano escolar enfrenta complexas questões sociais que o conhecimento pedagógico não consegue enfrentar sozinho precisando de outros saberes como o do Assistente Social.Desta maneira,confirma-se a hipótese de que há verdadeiramente a necessidade deste profissional na Educação.

Os problemas sócio educacionais podem ser atenuados por meio da atuação interdisciplinar do profissional do Serviço Social,em conjunto com os demais agentes escolares da rede pública.

A atuação do Assistente Social nas escolas públicas poderá contribuir para a ampliação da política educacional,uma vez que em muitos momentos as questões sociais mais pertinentes não são trabalhadas pela escola.

Tendo em vista que a educação é uma política pública de direito constitucional,este,portanto,deve ser garantido não somente com a democratização do acesso do sujeito à educação,mas sobretudo à qualidade do ensino,a fim de promover o crescimento cultural do indivíduo enquanto cidadão.Nesse contexto cabe ao profissional Assistente Social,por meio de sua prática,ampliar e contribuir para a sua garantia.

A educação,direito de todos e dever do Estado e da família,será provida e incentivada com a colaboração da sociedade,visando pleno desenvolvimento da pessoa,seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
(Constituição Federal,05jan.2004).

O sistema neoliberal compromete o sistema educacional,prejudicando a sua estrutura sócio-econômica e os indivíduos inseridos neste contexto,como os professores ,os alunos e seus familiares.

Nesta situação,faz-se necessária a intervenção do Assistente Social,que é o profissional que trabalha com as relações sociais e suas problemáticas.

O serviço social contribui com seu saber para impulsionar uma reflexão política aos segmentos populacionais , em que também possam reconhecer seus direitos e deveres , para exercerem sua cidadania.

Um dos grandes problemas da Escola Municipal Vicente Mendonça e da Secretária Municipal de Educação (SEMED) é Combater a evasão escolar é promover a permanência dos alunos nas escolas da rede municipal de ensino. Busca manter as crianças em idades compatível .

Causas da Evasão : Muitas vezes relacionadas com a situação familiar. É ai que entra a figura do Assistente Social, reuniões ( diretores , supervisores , pedagógicos ) ,Quando observa-se a ausência continuada de um aluno , comunica-se a direção da escola ou a supervisão pedagógica.

O primeiro contato é feito direito com o aluno,convoca-se os pais ou responsável, através de telefonemas , bilhetes , recados etc.

Se acaso não for possível o contato direto entre o aluno e a convocação dos responsáveis é feito o preenchimento da ficha de comunicação do aluno ausente , ao programa.

Se os pais dizerem que não podem mais com a vida do filho , a assistente social responsável pelo programa elabora um relatório social , deixando claro a condição sócio econômica da família do aluno e é feito o encaminhamento ao conselho tutelar.

Se por acaso não for possível contato com a família nem através do programa e conselho tutelar é feito um encaminhamento a vara da infância e da juventude , que aciona os pais ou responsável pelo aluno judicialmente.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Professores do Amazonas receberão até R$ 4.057,00



A Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei encaminhado pelo governador Omar Aziz (PMN) que permite a professores, pedagogos e outros profissionais da Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) perceberem salários até R$ 4.057,00 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Para os que trabalham 20 horas por semana, a remuneração deve chegar a R$ 2.028,50.

Os novos vencimentos vão contemplar os profissionais que estão divididos, respectivamente, em 11 classes do magistério público, instituídas pelo Governo do Estado. Os novos salários dos professores estão previstos no projeto que altera a Lei nº 2.871, de 05 de janeiro de 2004, que instituiu o Plano de Classificação de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores da Seduc.

Na justificativa da mensagem aos deputados , o governador do Estado propõe ao Legislativo a inclusão de professores e pedagogos no regime de trabalho semanal de 40 horas, que passará a coexistir com o atual regime de 20 horas semanais. Além disso, argumenta que as mudanças propostas pretendem “promover adequações no quadro de pessoal da Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino, necessárias para a realização de concurso público, ainda este ano, na rede estadual de ensino.

O projeto de lei aprovado inclui na Lei nº 2.871/2004 os artigos 5º-A e 5º-B ao texto original. Pelas mudanças, o regime de trabalho dos professores efetivos poderá ser parcial e integral, podendo trabalhar em situações especiais para substituir profissionais impedidos de exercer a atividade temporariamente. Nesse caso, estipula a proposta, “a remuneração do professor será proporcional à carga horária trabalhada sobre o valor correspondente ao cargo em que ele se encontra na carreira”.

O projeto estabelece também que o profissional não poderá acumular cargos, empregos ou outras funções públicas ao ser convocado para atividades extraordinárias”. E ainda determina que a “hora-atividade deverá ser cumprida na escola”, com exceção dos casos em que a Seduc justifique a ausência dos servidores.

Adequação

Para viabilizar a aplicação da novo legislação também foi aprovado um projeto de lei complementar, enviado pelo governador Omar Aziz, modificando a Lei 1.778/87 (Estatuto do Magistério Público) para adequá-lo à criação do regime semanal de trabalho de 40 horas para os cargos de professor e pedagogo, integrantes da carreira do magistério.
A Assembleia Lesgislativa aprovou projeto de lei encaminhado pelo governador Omar Aziz (PMN) que permite a professores, pedagogos e outros profissionais da Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) perceberem salários até R$ 4.057,00 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Para os que trabalham 20 horas por semana, a remuneração deve chegar a R$ 2.028,50.

Os novos vencimentos vão contemplar os profissionais que estão divididos, respectivamente, em 11 classes do magistério público, instituídas pelo Governo do Estado. Os novos salários dos professores estão previstos no projeto que altera a Lei nº 2.871, de 05 de janeiro de 2004, que instituiu o Plano de Classificação de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores da Seduc.

Na justificativa da mensagem aos deputados , o governador do Estado propõe ao Legislativo a inclusão de professores e pedagogos no regime de trabalho semanal de 40 horas, que passará a coexistir com o atual regime de 20 horas semanais. Além disso, argumenta que as mudanças propostas pretendem “promover adequações no quadro de pessoal da Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino, necessárias para a realização de concurso público, ainda este ano, na rede estadual de ensino.

O projeto de lei aprovado inclui na Lei nº 2.871/2004 os artigos 5º-A e 5º-B ao texto original. Pelas mudanças, o regime de trabalho dos professores efetivos poderá ser parcial e integral, podendo trabalhar em situações especiais para substituir profissionais impedidos de exercer a atividade temporariamente. Nesse caso, estipula a proposta, “a remuneração do professor será proporcional à carga horária trabalhada sobre o valor correspondente ao cargo em que ele se encontra na carreira”.

O projeto estabelece também que o profissional não poderá acumular cargos, empregos ou outras funções públicas ao ser convocado para atividades extraordinárias”. E ainda determina que a “hora-atividade deverá ser cumprida na escola”, com exceção dos casos em que a Seduc justifique a ausência dos servidores.

Adequação

Para viabilizar a aplicação da novo legislação também foi aprovado um projeto de lei complementar, enviado pelo governador Omar Aziz, modificando a Lei 1.778/87 (Estatuto do Magistério Público) para adequá-lo à criação do regime semanal de trabalho de 40 horas para os cargos de professor e pedagogo, integrantes da carreira do magistério.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

IBGE revela que 18% dos alunos rede pública já gazetaram aula


Em Manaus, o percentual de alunos frequentando o 9º ano, cujos responsáveis sabem o que o estudante fez durante seu tempo livre, é de 42,5% na rede privada e de 50,9% na pública.

Manaus - A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o percentual de alunos de escolas públicas de Manaus, do 9º ano do Ensino Fundamental que admitiram ter “matado” aulas na escola nos 30 dias anteriores ao levantamento, é quase o dobro do das escolas privadas.

No total, entre 16,6% e 20,9% (média de 18,7%) dos alunos das escolas públicas faltaram às aulas sem autorização dos pais, contra 10,2% (entre 5,6% e 14,7%) nas escolas privadas.

Em Manaus, o percentual entre alunos do sexo masculino e feminino que faltaram às aulas nos 30 dias anteriores à pesquisa sem o conhecimento dos pais é praticamente o mesmo: 17,7% contra 17,9%. O intervalo de confiança da pesquisa do IBGE é de 95%.

A pesquisa mostrou que o percentual de alunos de escolas públicas do 9º ano do Ensino Fundamental que admitiram ter matado escola nos 30 dias anteriores ao levantamento é mais que o dobro do das privadas, em todo o País. No total, 18,5% de todos eles faltaram às aulas sem autorização dos pais: 20,7% dos estudantes da rede pública disseram que haviam matado aula, contra 10,1% dos das particulares.

A cidade onde mais os alunos de escolas públicas mataram aula foi Cuiabá (25%), seguida por Recife (24,9%) e Porto Alegre (24,2%). Dentre os da rede privada, as líderes do ranking são Palmas (18,2%), Boa Vista (15,9%) e Cuiabá (14,8%).

De acordo com o IBGE, a cidade onde menos os estudantes de instituições públicas de ensino disseram que haviam faltado aula sem autorização dos pais foi Rio Branco; entre as particulares, Porto Velho.

Quando se consideram todos os alunos, sejam eles de públicas ou particulares, Cuiabá continua na liderança dos faltosos, com 23,4%. Teresina é onde menos, no geral, os estudantes faltam sem autorização dos pais (12,4%).

A pesquisa também mostrou que 58% dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de Manaus costumam fazer cinco ou mais refeições na semana com a presença da mãe ou responsável, em média. O percentual é maior na rede privada: 61,3%, contra 57,6 na rede pública.

O IBGE também perguntou aos estudantes se os pais sabiam o que eles estavam fazendo durante o tempo livre que tiveram nos 30 dias anteriores à pesquisa. Mais de 55% (55,8%), na média nacional, responderam que os pais sabiam, a maioria deles em Florianópolis (64,3%).

Em Manaus, o percentual de alunos frequentando o 9º ano do Ensino Fundamental, cujos responsáveis sabem o que o estudante fez durante seu tempo livre, nos últimos 30 dias, é de 42,5% na rede privada e de 50,9% na rede pública.

sábado, 14 de agosto de 2010

Literatura do 1º ao 5º ano : ajude os alunos a ler com autonomia

Foto: Omar Paixão

O início do Ensino Fundamental é essencial para os alunos desenvolverem autonomia e continuarem seu percurso para se tornar leitores. Nesta etapa, o melhor é estimular a troca de livros e de opiniões sobre o que se lê

É nos anos iniciais do Ensino Fundamental que o aluno começa a construir sua autonomia como leitor. Para isso, é importante intercalar a leitura feita pelo professor com momentos em que todos devem ler sozinhos tanto na escola como em casa. Mas nada de resumos e questionários padronizados para testar os estudantes. Mais produtivo, para quem quer formar leitores, é organizar rodas para o compartilhamento de opiniões, propor trocas de livros entre os colegas e incentivá-los a seguir um autor ou um tema de que gostem.

Por que ler
Se os estudantes já estão habituados às rodas de leitura e têm contato com os livros, cabe ao professor do 1º ao 5º ano começar a colocá-los em contato com textos mais complexos para ampliar a familiaridade com a literatura. "Que tal selecionar um romance que prenda a atenção da turma e ler um capítulo por dia?", sugere Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. Numa fase da vida (e da escolarização) em que é preciso dar espaço para que as crianças ganhem autonomia e consigam ler sozinhas com mais facilidade, perder o medo dos livros maiores é fundamental - e o mesmo vale para os gêneros considerados mais difíceis, como a poesia.

Quem lê
Além do professor, as crianças (mesmo ainda não plenamente alfabetizadas) devem ser estimuladas a ler. No contato pessoal com os livros, elas começam a desenvolver a autonomia - e isso só se faz lendo. Em classe, é possível também organizar atividades em duplas e, claro, discussões coletivas sobre
as obras.

Como ler
Do 1º ao 5º ano, é importante criar uma comunidade de leitores em classe - ou seja, espaços em que todos tenham a chance de participar e opinar. Em seus livros, Delia Lerner sugere "desenvolver, em cada ano escolar, atividades permanentes ou periódicas concebidas de tal modo que cada um dos estudantes tenha a possibilidade de ler uma história para os demais ou escolher um poema para ler aos colegas". Outra sugestão é incentivar os alunos a trocar livros e indicações de autores. Eleger um tema de interesse comum (piratas ou histórias de terror, por exemplo) e ler vários textos desse tipo também costuma funcionar.
Fonte: Nova Escola

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Meninos têm risco 67% maior de ir mal na escola,diz pesquisa


Alunos do sexo masculino têm mais problemas de conduta.
Estudo ouviu mais de 9.000 crianças em 16 estados.

Do G1, em São Paulo

Uma pequisa feita pelo Instituto Glia, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, da Universidade La Sapienza de Roma e do Albert Einstein College of Medicine de Nova Iorque, aponta que os meninos apresentam um risco 67% maior de ter um baixo desempenho escolar do que as meninas. O estudo chamado de Projeto Atenção Brasil (PAB) avaliou 9.149 crianças e adolescentes de 16 estados e 81 cidades brasileiras.

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Segundo a pesquisa, os meninos são mais afetados pois apresentam mais problemas de conduta, hiperatividade, problemas com colegas e de comportamento social, enquanto as meninas apresentam maior número de sintomas emocionais.

Nos meninos, segundo o estudo, o impacto dos sintomas é maior que nas meninas, portanto, apresentam maior risco de transtornos mentais (14,9% contra 10,5%). A pesquisa mostra, ainda, que os meninos são mais “irrequietos” e “hiperativos”, mais frequentemente “apresentam acessos de raiva e birras”, “preferem brincar só”, “brigam com outras crianças”, “distraem-se com maior facilidade”, “mentem”, “enganam”, “roubam” e “são perseguidos por outras crianças”.

As meninas, por sua vez, mais frequentemente “têm consideração pelos sentimentos de outras pessoas”, “são mais prestativas com alguém que parece magoado”, “têm uma boa amiga”, “é querida por outras crianças” e “gentil com as crianças mais novas”, “pensam antes de agir” e “completam as tarefas que começam”. Portanto, de acordo com o estudo, as meninas se mostram mais resilientes que os meninos.

Saúde mental

O projeto tem como objetivo principal revelar o retrato da saúde mental das crianças e adolescentes brasileiros, de forma a identificar fatores de risco e proteção que viabilizem medidas de prevenção e intervenção.

Doutor em neurologia e diretor do Instituto Glia, Marco Antônio Arruda, disse ao G1 que a saúde mental não é só não ter transtornos mentais. "Há pessoas que não têm doença nenhuma, mas não têm saúde. Na saúde mental é a mesma coisa. A criança tem de estar em equilíbrio, ter comportamento e emoções que permitam que ela funcione normalmente e supere adversidades."

Basedo no estudo, o Instituto Glia pretende disponibilizar recomendações para contribuir com o desempenho escolar a educadores e responsáveis por elaborar políticas públicas na área da infância e juventude.

sábado, 17 de julho de 2010

O que dá certo em educação?


Aula em escola de Cajuru, São Paulo. O município tem o melhor ensino do Brasil

reprodução/Revista Época

Cajuru, cidade de 24 mil habitantes no interior de São Paulo, tem as melhores escolas de 1ª a 4ª série do país. A excelência da pequena rede foi revelada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), avaliação da qualidade do ensino no país feita pelo Ministério da Educação. O indicador combina resultados de provas de matemática e língua portuguesa com o porcentual de aprovação dos alunos. Cada escola, cidade e Estado tem uma nota de 0 a 10 e uma meta para cumprir. Das 43 mil escolas avaliadas em 2009, só 19 conseguiram tirar nota acima de 8. Seis estão em Cajuru.

A meta para o Brasil é chegar a 2021 com nota 6, a média dos países desenvolvidos. Hoje, menos de 10% das escolas conseguem tirar 6 ou mais.

Segundo a secretária de Educação de Cajuru, Isabel Ruggeri Ré, a explicação para o sucesso do município paulista é a combinação de quatro fatores: orçamento alto para a educação (30% do total municipal, enquanto a lei determina 25%), qualificação dos professores, reforço escolar e envolvimento dos pais.

Nos próximos anos, o desafio dos poderes públicos e das autoridades será reproduzir experiências assim pelo país. Como aproveitar as lições como as de Cajuru em cidades maiores ou mais pobres? Quais são as políticas que dão certo? Quais não funcionam? Quais ações melhoram o ensino no longo prazo e quais miram apenas resultado em ano eleitoral? Como o próximo presidente deve conduzir as políticas de educação para garantir que o ensino melhore em todas as escolas?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Transtorno mental afeta mais professores


Problema cresce na rede municipal de São Paulo e já atinge 10% dos docentes

JORNAL DA TARDE

Transtornos mentais e comportamentais foram as principais causas de afastamento por doença dos professores da rede municipal de São Paulo no ano passado. Foram 4,9 mil afastamentos para uma categoria com 55 mil profissionais, o que equivale a quase 10% dos trabalhadores.

Os dados são de um levantamento que está sendo feito pelo Departamento de Saúde do Servidor (DSS) da Secretaria Municipal de Gestão e Desburocratização. O estudo aponta o crescimento de problemas psiquiátricos entre os professores. Em 1999, esses transtornos eram responsáveis por cerca de 16% dos afastamentos. Dez anos depois, a porcentagem subiu para 30% ? de um universo aproximado de 16 mil afastados.

Outra estimativa, a do Fórum dos Profissionais de Educação Municipal em Readaptação Funcional, aponta que os transtornos psiquiátricos ficam também em torno de 30% do motivo das readaptações. Os professores readaptados são aqueles que não conseguem voltar para as salas de aula e se dedicam a outras atividades na escola. Eles são em torno de 7 mil. As demais causas de afastamento são doenças osteomusculares, como lesão por esforço repetitivo, e do aparelho respiratório.

Para especialistas em saúde do trabalho, a porcentagem de docentes com doenças mentais e comportamentais é elevada. "É um número alto levando-se em consideração que é uma categoria que lida com crianças e adolescentes. Com todos esses afastamentos, quem substituiu esses profissionais? O ensino fica comprometido", diz o psicólogo Roberto Heloani, professor titular da Unicamp e da Fundação Getúlio Vargas, especialista em saúde nas relações de trabalho.

Segundo ele, os professores têm de lidar com uma complexa rede de pressão no trabalho, o que culmina em doenças. Ele cita que as famílias, que deveriam fazer o papel de educar suas crianças, cobram isso do professor. Por outro lado, os alunos querem um professor que também seja um animador em sala de aula e, quando se sentem frustrados, passam a agredi-lo.

Influência. Outros fatores influenciam negativamente a saúde mental, como a atuação do crime organizado e do tráfico, que muitas vezes estão presentes dentro da escola. Heloani cita estudos que apontam que um professor de ensino fundamental fica, em média, seis anos na profissão até encontrar outra ocupação. "Uma carreira que era inicialmente um objetivo de vida se torna um bico."

O psiquiatra e médico do trabalho Duílio Camargo, presidente da comissão técnica de saúde mental da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, explica que os transtornos mentais são a terceira causa de afastamento no País, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Previdência Social.

A primeira são traumatismos seguidos por lesões por esforços repetitivos e doenças osteoarticulares relacionadas ao trabalho (Ler/Dort). O psiquiatra afirma que são vários os fatores que levam aos transtornos mentais: desde a própria constituição individual até a natureza do trabalho realizado.

Claudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais da Educação, garante que a estatística acende "um alerta vermelho, porque é assustadora". Para ele, os professores estão submetidos a uma tensão permanente do próprio trabalho somada também às condições ruins para exercer a atividade. Outro agravante, em sua opinião, é a carga excessiva de trabalho.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tayah elogia trabalho de educadores do bairro Grande Vitória


vereador Isaac Tayah (PTB)

O líder do prefeito na Câmara Municipal de Manaus, vereador Isaac Tayah (PTB) parabenizou o diretor e os professores da Escola Municipal Dr. Vicente Mendonça, localizada no bairro Grande Vitória, na zona Leste, pelo trabalhado desenvolvido junto aos jovens daquela comunidade, no sentido de mantê-los na escola e evitar que sejam cooptados pelos agentes da criminalidade.

Na noite de terça-feira, 08, o parlamentar participou da formatura de duas turmas de alunos e, segundo ele, pode constatar o empenho dos educadores em manter os jovens na escola. "A escola está localizada em uma área considerada ‘vermelha’ por causa da violência urbana e do tráfico de entorpecentes. Eu próprio presenciei a ação da polícia nas ruas do bairro, então é muito gratificante ver a escola buscando meios de afastar essas crianças da marginalidade", contou o líder governista.

Isaac Tayah também destacou o apoio dado aos educadores pelas Secretarias Municipais de Esporte e de Ação Social. "É um trabalho de pessoas que não têm medo de arregaçar as mangas, que querem o melhor para a juventude. O resultado pode até levar cinco ou seis anos para aparecer, mas o importante é dar início a esse trabalho de resgate dos jovens e da inclusão deles em programas sociais", observou.

Fonte: Luciana Santos - Assessora de Comunicação GVIT
Fotografia: Plutarco Botelho

sábado, 12 de junho de 2010

Semed promove leitura na praça


Leitura na praça / Foto: Clóvis Miranda / Semcom

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou nesta sexta-feira (11) a atividade Leitura na Praça, em comemoração ao Dia Municipal da Leitura. Com o objetivo de fomentar a leitura, o evento aconteceu em várias praças da cidade de Manaus. A ação faz parte do Programa Viajando na Leitura.

Simultaneamente, aconteceram atividades diferenciadas nas escolas, além de um ato coletivo nas divisões e sede da Semed, com a realização do momento da leitura, às 9h, 15h e 20h, com duração de cinco minutos. Com o tema “Hoje é dia de Leitura na Praça”, o evento envolveu mais de 400 alunos da rede pública municipal. A escolha da data, 11 de junho, foi uma homenagem ao aniversário do poeta amazonense Elson Farias, criador do Zezé, um personagem muito querido e lido entre as crianças.

Na Praça São Sebastião, Zona Centro-Sul, as atividades chamaram a atenção de transeuntes e alunos de escolas públicas e particulares. O secretário municipal de Educação, Vicente Nogueira, prestigiou a programação. “Celebrando o Dia Municipal da Leitura, as atividades visam estimular, entusiasmar e exemplificar de uma maneira bastante visual a necessidade e a importância da leitura”, afirmou o secretário.

Construção do Projeto Político Pedagogico









domingo, 6 de junho de 2010

ESCOLA,ESPAÇO PARA UMA REFLEXÃO


*Proferror Luiz Braga e seus alunos

Segundo Vasconselos (1997), a presença, em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é a condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra. Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem a autoconfiança, à atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 1992).

Entretanto, não raramente a escola atua como mantenedora e reprodutora de uma cultura que é predatória ao ambiente. Nesse caso, as reflexões que dão inicio à implementação da Educação Ambiental devem contemplar aspectos que não apenas possam gerar alternativas para a superação desse quadro, mas que o invertam, de modo a produzir conseqüências benéficas (ANDRADE, 2000), favorecendo a paulatina compreensão global da fundamental importância de todas as formas de vida coexistentes em nosso planeta, do meio em que estão inseridas, e o desenvolvimento do respeito mútuo entre todos os diferentes membros de nossa espécie (CURRIE, 1998).

Esse processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola esta inserida como comunidades mais afastadas na qual residam alunos, professores e funcionários, potências multiplicadores de informação e atividades relacionadas a Educação Ambiental implementada na escola. O estreitamento das relações intra e extra-escolar é bastante útil na conservação do ambiente, principalmente o ambiente da escola. Os participantes do Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para EA (MEC/SEMAM, 1991) sugeriram, entre outras propostas, que os trabalhos relacionados à EA na escola devem ter, como objetivos, a sensibilização e a conscientização; buscar uma mudança comportamental; formar um cidadão mais atuante; (...) sensibilizar o professor, principal agente produtor da EA; (...) criar condições para que, no ensino formal, a EA seja um processo contínuo e permanente, através de ações interdisciplinares globalizantes e da instrumentação dos professores; procurar a integração entre a escola e comunidade, objetivando a proteção ambiental em harmonia com o desenvolvimento sustentado... (DIAS, 1992).

Implementar a Educação Ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa exaustiva. Existem grandes dificuldades nas atividades de sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção e continuidade dos já existentes. Segundo Andrade (2000), “... fatores como o tamanho da escola, número de alunos e de professores, predisposição destes professores em passar por um processo de treinamento, vontade da diretoria de realmente implementar um projeto ambiental que vá alterar a rotina na escola, etc, além de fatores resultantes da integração dos acima citados e ainda outros, podem servir como obstáculos a Implementação da Educação Ambiental”. Dado que a Educação Ambiental não se dá por atividades pontuais, mas por toda uma mudança de paradigmas que exige uma contínua reflexão e apropriação dos valores que remetem a ela, as dificuldades enfrentadas assumem características ainda mais contundentes.

A Conferência de Tbilisi (1977) já demonstrava as preocupações existentes a esse respeito, mencionando, em um dos pontos da recomendação nº 21, que deveriam ser efetuadas pesquisas sobre os obstáculos, inerentes ao comportamento ambiental que se opõem às modificações dos conceitos, valores e atitudes das pessoas (DIAS, 1992).
Diante de tantas pistas para uma implementação efetiva da EA nas escolas, evidentemente, “posicionamo-nos por um processo de implementação que não seja hierárquico, agressivo, competitivo e exclusivista, mas que seja levado adiante fundamentado pela cooperação, participação e pela geração de autonomia dos atores envolvidos” (ANDRADE, 2000).

Projetos impostos por pequenos grupos ou atividades isoladas, gerenciadas por apenas alguns indivíduos da comunidade escolar – como um projeto de coleta seletiva no qual a única participação dos discentes seja jogar o lixo em latões separados, envolvendo apenas um professor coordenador – não são capazes de produzir a mudança na mentalidade necessária para que a atitude de reduzir o consumo, reutilizar e reciclar resíduos sólidos se estabeleça e transcenda para além do ambiente escolar.

Portanto, devem-se buscar alternativas que promovam uma contínua reflexão que culmine na metanóia (mudança de mentalidade); apenas dessa forma, conseguiremos implementar me nossas escolas, a verdadeira Educação Ambiental, com atividades e projetos não meramente ilustrativos, mas fruto da ânsia de todo comunidade escolar em construir um futuro no qual possamos viver em um ambiente equilibrado, em harmonia com o meio, com os outros seres vivos e com nossos semelhantes.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, D.F. Implementação da Educação Ambiental em escolas: uma reflexão . In: Fundação Universidade Federal do Rio Grande . Revista do Mestrado em Educação Ambiental, v.4 out/nov/dez 2000

CURRIE, K.L. Meio ambiente interdisciplinaridade na prática. Campinas, Papairus, 1998.

DIAS, G.F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 19992.

VASCONCELLOS, H.S.R. A pesquisa-ação em projetos de Educação Ambiental. In: Pedrini, A.G.(ORG). Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. Petrópolis, Vozes, 1997

*Prof.Luiz Braga - Coordenador Agenda Ambiental E.M.Vicente Mendonça

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Passeata de Conscientização Ambiental



Em comemoração da Semana do Meio Ambiente, a Escola Municipal Vicente Mendonça, fez hoje pela manhã 02/06/10 caminhada de conciêntização e Preservação do Meio Ambiênte. Professores,alunos,pais,e comunitários participaram do evento pelas ruas próximas da escola.

Veja vídeo acima!

sábado, 22 de maio de 2010

Programa alfabetização na hora certa


A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), lançou na manhã de ontem (21), no auditório Eulálio Chaves, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Programa "Alfabetizando na Hora Certa". Na ocasião, o secretário municipal de Educação, Vicente Nogueira, anunciou a entrega por parte da Prefeitura de Manaus de um computador portátil para cada professor da rede municipal de ensino.

O programa será desenvolvido em todo o primeiro ano do ensino fundamental das escolas municipais e tem por objetivo subsidiar a prática pedagógica criando ações direcionadas ao atendimento das necessidades de ensino e aprendizagem da alfabetização.

Nogueira destacou que o programa está inserido em uma das três grandes áreas de atuação da Semed: Infraestrutura, Gestão Escolar e Projetos e Programas Pedagógicos. Segundo o secretário, atualmente a Semed tem dado maior ênfase às disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, desenvolvendo programas que estimulem a leitura, como o Viajando na Leitura, Alfabetizando na Hora Certa e Matemática Viva.

“Na leitura está a sustentação de todo o trabalho pedagógico ao longo dos nove anos do ensino fundamental. A alfabetização é como a fundação de um edifício, é a base do aprendizado a qual precisamos encarar de forma decidida, determinada e pragmática por meio de um conjunto de ações definidas e concretas modificando o cenário atual em sala de aula”, afirmou o secretário.

Para as professoras do 1º ano, Márcia Batista (Emef Coronel Jorge Teixeira) e Rosângela Fernandes (Emef Herbert José de Souza), o programa significa uma grande melhoria no desenvolvimento da educação no que se refere à alfabetização de crianças. “O programa será um grande suporte ao educador, o qual poderá realizar um trabalho com muito mais qualidade”, disse Batista.

Entre as ações do programa encontram-se: elaboração de um guia com os fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização, formação continuada para professores, produção de livros infantis, estudos dirigidos, ampliação do acervo da biblioteca escolar, curso de pós-graduação em Alfabetização, aquisição de materiais pedagógicos, acompanhamento efetivo das turmas, entre outros.

Além de chefes distritais e gestores, compareceram ao evento pedagogos, professores, bolsistas, pais e alunos. A programação contou com as apresentações culturais “Coreografia do Livro” (CMEI Professora Dulcinéia Tinoco) e peça teatral “Chapeuzinho Vermelho” (Emef República do México), além da apresentação do Programa Alfabetizando na Hora Certa, socialização de experiências de professores alfabetizadores e a palestra com a Msc. Maria Rita Santos da Silva, sobre Alfabetização e Letramento.



Secretaria Municipal de Educação

Assessoria de Comunicação

(92)3632-2054

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

Comemoração do Dia das Mães



Os Professores com os alunos da Escola Municipal Vicente Mendonça, fizeram uma justa homenagens as mães. Na oportunidade o gestor da escola Professor Sérgio, falou da importância das mulheres e disse que as mesmas trabalham quatro vezes mais que os homens(trabalham fora,cuidam dos filho,arrumam a casa e cuidam dos maridos).E falou que não é só o segundo domingo do mês de Maio que se comemora o dia das mães., e sim todo os dia tem que homenagia-la.
As mães, participaram de brincadeiras, teve sorteio de brindes,e os alunos fizeram varias apresentações como a do vídeo a cima.
PARABÉNS A TODAS AS MÃES.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Festa das Mães


Os alunos fizeram uma homenagem as mães na área de convivência da escola.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Aula sobre História do Amazonas



Alunos da Professora Rosilene, 5º ano Vespestino,assintem aula de história do Amazonas na Praça São Sebastião no Centro de Manaus.

Alunos Professor Luiz

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Hora cívica:Hino Nacional



Toda semana os alunos da escola municipal Vicente Mendonça,participam da hora cívica, que é feito na área de convivência da escola. É feito uma escala entre os professores, e o mesmo fica responsável pela programação, juntamente com sua turma, onde é escolhido um tema que é que representado pelos alunos e no final é cantado o Hino Nacional. Veja vídeo acima com os alunos do 1º ano.

domingo, 9 de maio de 2010

Comemoração do dia das Mães



Escola Municipal Vicente Mendonça juntamente com Associação para o desenvolvimento Desportivo e Social do Amazonas, fizeram ontem 08.05.10 na área de convivência da escola homenagem as mães,com intuito de promover a socialização das mesmas e prestar homenagens aquelas que são responsáveis pela nossa existência., na oportunidade foi servido um jantar e sorteios de brindes as mães participantes. Veja video a cima.

PARABÉNS A TODAS AS MÃES!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Lançamento do Projeto Matemática Viva


Mas um Projeto arrojado do Secretário Vicente Nogueira

Srs.Educadores e Pais de Alunos

Na expectativade fortalecer o ensino e a aprendizagem da matemática,visando a um panorama educacional que enriqueça o contexto do Ensino Fundamental (2ºao 9º),a Secretaria Municipal de Educação apresenta o Programa Matemática Viva.

O referido Programa estabelece a caracterização de metodologias de apoio,no intuito de cultivar no professor e no aluno competências,habilidades e conhecimento a fim de oportunizar pressupostos relevantes ao ensino da matemática e apresenta atividades a serem desenvolvidas de forma integrada ao processo de ensino e aprendizagem,favorecendo assim o desenvolvimento e a consolidação da aprendizagem matemática.

Embora estejam inseridas nos currículos e programas,muitas vezes essas vertentes não são articuladas simultaneamente,principalmente nos anos iniciais,as quais precisam nortear práticas educativas consistentes paralelas ao ensino de sala de aula,tendo em vista a necessidade de instigar a vivência e a experimentação para a descoberta do aluno.

Nessa pespectiva, a Secretaria Municipal de Educação estabelece o compromisso de oportunizar as diretrizes elaboradas,de extensa abragência ao contexto matemático,por meio deste Programa,conclamando toda a comunidade,parceiros e educadores de modo geral,ao engajamento para o alcance dos objetivos do programa.

Atenciosamente

Vicente de Paulo Queiroz Nogueira

Secretário Municipal de Educação

quinta-feira, 6 de maio de 2010

MATEMÁTICA VIVA


PROGRAMA MATEMÁTICA VIVA

A Secretaria Municipal de Educação lança o Programa Matemática Viva, que será desenvolvido em todas as escolas da Rede Municipal.

O que é o Programa Matemática Viva?

É um conjunto de ações lúdico-pedagógico visando a aprendizagem de conceitos matemáticos signativos,integrando teoria e prática no cotidiano do aluno. Com duração de três anos,2010,2011 e 2012 e será executado nas escolas municipais,em todas as turmas, com a colaboração dos prefessores,pedagogos e bolsistas.

Conheça os objetivos do Programa

- Desenvolver atividades que mostrem a importância da ciências matemáticas na copreesão dos diversos problemas no contexto social.

- Aperfeiçoar o uso da matemática no cotidiano do aluno.

A quem atenderá o Programa

Aos alunos do 2º ao 9º ano do Sistema Municipal de Ensino

Como o Programa será desenvolvido nas escolas?

Acontecerá nas salas de aula,tendo como mediador o professor que desenvolverá atividades tais como: jogos matemáticos,gincanas e o lúdico em atividades de cosntrução do cálculo mental.

Principais Ações do Programa:

- Dhora do jogo matemático;
- Semana Municipal da Maremática;
- Semináris de Matemática (professores);
- Almanaque do Programa Matemática Viva;
- Participação dos alunos nas Olimpíadas (OBMEP);
- Utilização do Lego (2ºao5º);
- Formação especifica na área.

"A Matemática é o alfabeto com o qual Deus escreveu o Mundo"

Galileu Galilei

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Trabalhando as Formas Geométricas



Trabalho realizado em sala de aula com os alunos do 2º ano D do turno matutino da Professora Betânia da Costa .
Os alunos realizaram trabalho com formas geométricas do laboratório de matemática., esse trabalho os alunos usam as formas geométricas para criação de desenhos,onde foram observadas as formas,o tamanho,as cores e as posições das mesmas para a construção de conhecimento observativo e criativo na disciplina de matemática e artes,exercendo assim a interdisciplinariedade entre as mesmas.

A metodologia usada neste trabalho,foi a construtivista,onde os alunos obtiveram a construção dos seus conhecimentos através da observação,montagens e identificação das formas geométricas para elaboração de seus desenhos. Com muita alegria e prazer os alunos adquiriram esse conhecimento através de seus próprios esforços e dedicação em fazer seus melhores desenhos para uma competição saudável entre grupos que realizaram esse trabalho, concluiu a professora Betânia.

Dia do Índio no Vicente Mendonça

sábado, 10 de abril de 2010

Secretário diz,na CMM, que rede municipal de ensino é a terceira maior do país


Secretário Vicente Nogueira


Uma rede física de 450 escolas, 230 mil estudantes, dez mil professores e 1,5 mil servidores administrativos compõem o sistema municipal de ensino fundamental administrado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), cujo titular, Vicente Nogueira, esteve na manhã desta quarta-feira (24) no plenário Adriano Jorge da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para participar de uma Tribuna Popular para discorrer sobre os objetivos da secretaria.

Requerida pelo presidente da Comissão de Educação da CMM, vereador Marcel Alexandre (PMDB), a Tribuna serviu para expor a agenda positiva da Semed com suas metas e objetivos projetados pela administração municipal. O vereador Marcel Alexandre colocou a Comissão de Educação à disposição do secretário e afirmou que sempre é bem atendido quando procura a secretaria em busca de soluções para os problemas das comunidades.

Na palestra inicial, o secretário Vicente Nogueira explicou que a estrutura funcional da Semed, com suas 450 escolas, corresponde à terceira maior rede de ensino do país. "A rede municipal de Manaus corresponde ao dobro da rede estadual e isso resulta em problemas de toda ordem para o gerenciamento da secretaria", avaliou o secretário, complementando que o foco da atual administração é a melhoria do desempenho escolar e a valorização dos profissionais de educação.

Para alcançar esses objetivos, Nogueira apontou a necessidade de melhorar a infra-estrutura das escolas; gestão do sistema escolar; programas e projetos pedagógicos e desenvolvimento permanente da educação.

Outro ponto abordado pelo secretário foi sobre a elaboração do Plano Municipal de Educação; revisão do PCCS; criação do sistema de avaliação do desempenho de Manaus (SAEDE) e criação de um programa de desempenho. Ele garantiu que será priorizado um programa de incentivo aos professores. "Sabemos que a melhoria do desempenho escolar dos alunos está relacionada com o desempenho do professor", indicou.

Fonte:Câmara Municipal de Manaus - 24 Março de 2010

Projeto escola no cinema


Com direito a pipoca e refrigerante


Com a proposta de formar público e tornar a experiência cinematográfica mais acessível a crianças e adolecentes, - Cinema e Educação em Movimento exibe filmes brasileiros para alunos do ensino fundamental de Escola Municipal Vicente Mendonça de Manaus.

Este é o nosso primeiro ano pois a escola foi inaugurada em Setembro de 2009. O projeto tem o parceria com o Cinemark. “A proposta de criar o cineclube é poder repensar o ambiente da escola tradicional criando um conteúdo maior, com novas linguagens da sociedade”,

Durante todo ano escolar, o projeto promove outras ações complementares com alunos e professores para realização de produtos audiovisuais. O programa usa o cinema como ferramenta de ensino na formação de platéia para o filme brasileiro, propondo a resignificação do ambiente escolar por meio da formação de cineclubes.
Prof.Sérgio

quarta-feira, 7 de abril de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

Analfabetismo no Brasil



Por Shirley Mayara de O. Aguiar:

Existe desenvolvimento econômico e social sem educação? Até hoje, não se sabe de nenhum país que tenha evoluído substancialmente sem investir com ímpeto na educação.
Refletir e internalizar profundamente o significado do investimento no ensino escolar é fundamental para os que estão direta e indiretamente envolvidos na definição de rumos para o nosso país e, portanto, demarcando os destinos das futuras gerações.

Considerando as características e a inserção da boa educação no mundo de hoje, pode-se verificar que ela não é um ônus, uma despesa caritativa, um encargo improdutivo a pesar sobre os ombros dos governos e da coletividade. Ao contrário, ela é um investimento de alto retorno, uma fonte inesgotável de riqueza e de sabedoria. Trata-se de uma fonte altruísta, com grande potencial redistributivo e democratizante. A alfabetização e a educação básicas constituem o fundamento sólido, do qual emanam os maiores frutos econômicos e sociais.

O Brasil tem hoje cerca de 16 milhões de analfabetos. Segundo a pesquisa realizada pelo Ministério da Educação (MEC), metade deste número está concentrada em menos de 10% dos municípios do país. Mesmo não sendo inéditos, os dados do "Mapa do Analfabetismo" são "alarmantes". Em nosso país existem aproximadamente 16 milhões de pessoas incapazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples. Considerando-se o conceito de "analfabeto funcional", que inclui as pessoas com menos de quatro séries de estudo concluídas, o número salta para 33 milhões.

O analfabetismo, no Brasil, é marcado pela desigualdade regional. O norte e nordeste brasileiro contêm a maior taxa de analfabetismo, abarcando aproximadamente 50% do total de analfabetos do país. O município de Jordão, no Acre, lidera a taxa de iletrados: 60,7% de seus 4,45 mil habitantes não sabem ler ou escrever. Em Guaribas, no Piauí, a cidade-piloto do programa Fome Zero, a população tem a menor média de anos escolares cursados do país: um ano e um mês.
Na ponta oposta, a cidade de São João do Oeste, em Santa Catarina, tem a menor taxa de analfabetismo, com apenas 0,9% dos 5,78 mil habitantes iletrados. Niterói, no Rio de Janeiro, aparece com a maior média de anos de estudo, 9,5, superando o mínimo de oito anos do ensino fundamental.
Das 5.507 cidades brasileiras, apenas em 19 o total da população freqüentou a escola por pelo menos oito anos. O estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), indica que aproximadamente oito milhões de analfabetos do país se concentram em 586 cidades brasileiras, com as maiores taxas aparecendo nas capitais. Só na cidade de São Paulo, campeã em números absolutos, são mais de 383 mil pessoas. No Rio de Janeiro, são quase 200 mil.

De acordo com o MEC, a concentração de analfabetos em grandes cidades poderia ser uma vantagem para o trabalho das equipes de alfabetizadores, devido às facilidades de transporte e infra-estrutura que não existem na zona rural, por exemplo. Mas existem controvérsias sobre esta tese. Se por um lado São Paulo tem as facilidades que tem, por outro falta tempo e disposição para educar, pois nas grandes cidades "ninguém tem tempo para nada".

Crianças foram enfiadas na escola com o único objetivo de melhorar a posição do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para, assim, diminuir o “Risco País”. É claro que há mais crianças na escola hoje do que ontem, até por conta do crescimento demográfico natural. Mas o que se percebe é que para o governo pouco importa o que elas aprendem ou mesmo se aprendem. Uma vez que estão na escola, o IDH do Brasil melhora e o “Risco País” cai, ou seja, mais uma vez, em nome da economia o humano é sacrificado.
A meta determinada pelo governo era de alfabetizar 3 milhões de pessoas em 2003, com um orçamento de R$ 278 milhões. Mas convênios do MEC com municípios, Estados e organizações não-governamentais poderiam alcançar neste ano citado até 4,2 milhões de pessoas atualmente analfabetas, se existissem fundos. O governo novamente deixa de investir todo o potencial que poderia em educação.

Também foi revista a meta de erradicar o analfabetismo do país em 2007. O objetivo de ensinar todos os brasileiros acima dos 15 anos de idade a ler e a escrever ficou apenas para 2010, como determina o Plano Nacional de Educação. No período de 2003 a 2005, o MEC alfabetizou, através do Programa Brasil Alfabetizado, 5,3 milhões de jovens e adultos. Em 2006, a meta foi alfabetizar mais dois milhões.
O governo Lula defende que a meta do Programa Brasil Alfabetizado não é um objetivo que se resolva exclusivamente com a determinação do governo federal.

Segundo ele, o programa tem o envolvimento de toda a sociedade nessa mobilização. Certo, isso é fato. Mas o uso desse argumento pelo governo, não justifica a falta de ânimo para investir todo o potencial que o país poderia em educação. A mobilização de dez milhões de pessoas pode ser menos fácil do que a de duas milhões. Porém não é impossível.

A alfabetização, relacionada ao novo contexto histórico-social, não é mais um momento, um breve processo, mas um caminho dividido em várias etapas, em que se desenvolve não apenas o conhecimento da língua falada e escrita, como também a compreensão, a conscientização, o uso dos mais diversos símbolos e linguagens que, inclusive, colaboram para superar o chamado divisor digital. Quando o contexto exigia uma alfabetização mais simples, o Brasil perdeu a oportunidade de democratizar esta via incontornável de acesso à cidadania.

Países europeus que saíram do subdesenvolvimento investiram pesadamente na educação. Na Irlanda, por exemplo, quando o país decidiu entrar para a União Européia, foi elaborado um pacto pela educação. Através deste foi destinado todo o dinheiro recebido dos países mais ricos do continente para o sistema educacional irlandês. Resultado: trinta anos mais tarde a Irlanda apresentou maior renda per capita da Europa e ocupou o décimo segundo lugar entre nações de melhor Índice de Desenvolvimento Humano.

Os dados revelados nas pesquisas nos fazem pensar que as estratégias de combate ao analfabetismo no Brasil devam tomar, no mínimo, duas direções: uma, de combate ao analfabetismo de jovens e adultos, encaminhando-os para continuarem seus estudos; outra, de urgente melhoria da qualidade de ensino básico de forma a garantir que todas as crianças sejam efetivamente alfabetizadas, progridam normalmente nas séries e aprendam. Com isso, estaremos estancando o número de analfabetos no país.

A volta sistemática dos jovens aos livros, em qualquer método, ajuda a alfabetizar nas escolas e fora delas. Cabe, principalmente às instituições educacionais brasileiras, públicas ou privadas, propagar a leitura entre seus alunos, mostrando-lhes o valor e a função social da palavra escrita ou falada desde a infância. O estudante só tem a ganhar em um contato íntimo e organizado entre professores, estudantes e bons livros. Beneficia cidadãos em formação a interpretar, decodificar e adquirir muita coisa importante para sua sobrevivência e prosperidade no futuro.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Professores de castigo



Como a cidade de Nova York e seu secretário de Educação, Joel Klein, lidam com maus professores – que, por lei, não podem ser demitidos
Camila Guimarães

TCHAU, PROFESSOR
Joel Klein, secretário de Educação de Nova York, numa escola pública. Lugar de professor ruim é fora da sala de aula

O que fazer com professores incompetentes a quem a lei garante estabilidade de emprego? Esse é um problema enfrentado por quase todos os sistemas de ensino público, incluindo o brasileiro. A cidade de Nova York, cuja rede de ensino é a maior dos Estados Unidos (são 1,1 milhão de estudantes e 80 mil professores), adotou uma solução drástica: colocar os maus professores de castigo. Quase 700 deles são pagos para não dar aulas. Eles passam os dias de trabalho confinados em salas vazias, dentro de complexos chamados de Centros de Recolocação Temporária. Esses centros existem há anos para afastar professores suspeitos de alcoolismo, agressão física contra alunos e assédio moral ou sexual. Desde 2002, o governo municipal usa o mesmo sistema para afastar também os incompetentes. E agora começa a colher resultados.

As salas desses centros foram apelidadas de rubber rooms (quartos “emborrachados”, em referência a quartos de hospício). Não são exatamente locais aconchegantes. Tirando as carteiras típicas, nada lembra uma sala de aula. Não há livros, mapas pendurados na parede nem computadores. Algumas nem sequer têm janelas. Os professores são vigiados por dois seguranças e dois supervisores da Secretaria de Educação, têm horário para chegar e ir embora (o período corresponde ao dia de trabalho normal, das 8 às 15 horas) e não podem acessar a internet nem falar ao celular. Em resumo, fazem quase nada o dia inteiro. E isso pode durar anos. Quando um professor é denunciado pelo diretor da escola, é afastado imediatamente. Em seguida, um árbitro indicado pelo sindicato dos professores começa a investigar s se a acusação procede. Em caso positivo, o profissional é demitido. Em caso negativo, ele é reintegrado. Mas, por exigência do sindicato, os árbitros só trabalham nos casos cinco dias por mês. Isso faz com que, na média, cada investigação demore três anos para ser concluída.

As salas de castigo estão longe de ser uma solução ideal. Primeiro, porque são caras: enquanto estão no limbo, os professores continuam a receber seus salários e a contar tempo de serviço para garantir benefícios, como aposentadoria. Hoje, a cidade de Nova York gasta cerca de US$ 50 milhões por ano com os integrantes dos centros. Além disso, elas suscitam reclamações de professores que se sentem injustiçados. Em dezembro, um grupo deles entrou com um processo contra a prefeitura, alegando que o secretário municipal de Educação, Joel Klein, tem como objetivo “acabar com o direito à estabilidade de emprego”. Ao fazer de seu cotidiano profissional algo “insuportável” e “humilhante”, ele estaria forçando professores a pedir demissão.

Klein afirma que as salas de castigo funcionam principalmente para evitar que professores incompetentes deem aulas. Em Nova York, o contrato que rege as leis trabalhistas dos professores – inclusive a que determina o castigo remunerado – é assinado com o poderoso sindicato dos professores. Para a prefeitura, o prejuízo dos centros é considerado menor perto da alternativa, que seria deixar professores ruins influenciar milhares de crianças. “É o único jeito de mantê-los afastados da responsabilidade de educar crianças e jovens”, diz Ann Forte, porta-voz da Secretaria de Educação de Nova York.

A solução, radical, é explicada pela dificuldade das autoridades de educação de mexer com direitos adquiridos dos professores. O Estado de São Paulo, por exemplo, decidiu implantar um sistema de meritocracia, mas enfrenta ações judiciais do sindicato dos professores. O plano é mais suave que as salas de castigo. Em vez de punir maus professores, trata-se de premiar os melhores. A cada ano, o Estado aplicará uma prova para diretores, professores, coordenadores e supervisores. Os 20% mais bem avaliados receberão aumentos de 25% do salário. Os dois sindicatos mais representativos dos professores dizem que esse tipo de promoção fere a isonomia de classe.

“Não é incomum aparecer conflitos entre os direitos legais dos funcionários públicos e o direito da criança ao acesso à boa educação”, diz Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lemann, uma organização voltada para a melhora da educação no Brasil. Achar o equilíbrio entre esses dois pontos vem sendo a principal estratégia de Klein, que há sete anos deu início a uma radical reforma no sistema público de ensino da cidade. Seu lema: os pilares de qualquer ensino público – estabilidade de emprego, promoção por tempo de serviço e um sistema de remuneração hierárquico – beneficiam mais os funcionários e os políticos de plantão do que os alunos. Com isso, ele bateu de frente com uma classe de profissionais que não está acostumada a ser avaliada e cobrada. “No geral, professores não admitem que precisam de ajuda”, diz Patrícia Motta Guedes, pesquisadora do Instituto Fernand Braudel.

A principal medida de Klein foi dar mais autonomia aos diretores de escolas. Antes, eles não podiam contratar ou demitir sua própria equipe. Os professores é que escolhiam onde lecionar, de acordo com o tempo de serviço. Hoje, os diretores têm liberdade de contratação, gerência sobre o orçamento da escola e autonomia para decidir, por exemplo, pagar um salário maior para um professor que tenha melhor desempenho. Eles só não podem, ainda, demitir professores estáveis.

Junto com a autonomia, veio a cobrança. Assim que assume uma escola, o diretor assina um contrato dizendo quais são suas metas pedagógicas e orçamentárias. Se não cumpri-las no prazo determinado, é demitido, e a escola fecha. Desde 2002, 90 escolas desapareceram. A maioria dos diretores não aguentou. Cerca de 70% se aposentaram ou pediram demissão, de acordo com dados oficiais.

Embora ainda tenha muito trabalho pela frente, Klein conseguiu mostrar avanços no ensino. Entre 2005 e 2008, a taxa de conclusão do ensino médio aumentou de 47% para 61%. No mesmo período, a taxa de desistência caiu de 22% para 14%. Entre 2006 e 2009, a porcentagem de estudantes que atingiram os padrões adequados de aprendizagem para sua idade saltou de 57% para 82%, e a diferença entre o desempenho dos alunos negros em relação ao dos brancos diminuiu de 31% para 17%.

Além dos diretores, professores e alunos também passam por avaliações de desempenho periodicamente. As avaliações anuais, por um lado, determinam a demissão do diretor ou o afastamento de um professor. Por outro, são a base para o pagamento de bônus – em 2009 foram distribuídos US$ 5 milhões. O sistema pode até dar margem a alguns erros, mas em sua essência é muito simples: os professores que não ensinam são afastados, os que ensinam bem ganham bônus e são promovidos. Quem pode ser contra?
Fonte:ÉPOCA

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Indisciplina na Escola



Se há tema que hoje suscite mais polémicas este é um deles. O número de casos em todo o país atinge proporções no mínimo inquietantes. De acordo com os dados recolhidos de forma sistemática pelo Gabinete de Segurança do Ministério da Educação, desde 1999, o furto dos bens dos estudantes teve um acréscimo muito significativo, passando entre 2000 e 2001 de 297 para 714 ocorrências nos 14 mil estabelecimentos de ensino em todo o país. A violência física é mais visível através da pequena coacção física ou assédio para cedência de dinheiro e outros produtos. Este tipo de situações passou de 609 em 2000 para 1400 em 2001. Em 1999 registaram-se 55 agressões a professores, em 2001 foram contabilizadas 146 casos. É por isto e muito mais, que o tema da indisciplina está na ordem do dia.

Façamos um breve balanço deste tema, antes de entramos na sua análise mais detalhada.

Terminologia

O conceito de indisciplina é susceptível de múltiplas interpretações. Um aluno ou professor indisciplinado é em princípio alguém que possui um comportamento desviante em relação a uma norma explicita ou implícita sancionada em termos escolares e sociais. Estes desvios são todavia denominados de forma diferente conforme se trate de alunos ou de professores. Os primeiros são apelidados de indisciplinados, os segundos de incompetentes. Nestas notas vamos apenas abordar os comportamentos desviantes dos primeiros.

Indisciplina ou violência? A indisciplina pode implicar violência, mas não é necessário que esta ocorra. É neste sentido que alguns autores, distinguem vários níveis de indisciplina, tais como:

- Perturbação pontual que afecta o funcionamento das aulas ou mesmo da escola.

- Conflitos que afectam as relações formais e informais entre os alunos, que podem atingir alguma agressividade e violência, envolvendo por vezes, actos de extorsão, violência física ou verbal, roubo, vandalismo, etc.

- Conflitos que afectam a relação professor-aluno, e que em geral colocam em causa a autoridade e o estatuto do professor.

- Vandalismo contra a instituição escolar, que muitas vezes procura atingir tudo aquilo que ela significa.

Esta hierarquia tem sido contestada, na medida que conduz à naturalização das formas mais elementares de indisciplina (as perturbações), assumindo-as como inevitáveis. A ideia que acaba por passar é que só se coloca o problema da indisciplina quando existem agressões a colegas ou professores, a destruição ou roubo de escolas, etc.

Natureza da Indisciplina

Os alunos são indisciplinados por natureza ou porque as circunstâncias os estimulam a assumiram comportamentos desviantes? A respeito podemos distinguir duas correntes teóricas fundamentais:

Uma afirma que a indisciplina é uma tendência natural de todo o ser humano, está inscrita no seu código genético. O Estado, a educação e a cultura, actuam como freio destes impulsos anti-sociais. Estamos perante uma velha teoria que serviu a Thomas Hobbes para fundamentar a necessidade de um Estado forte, capaz de manter em ordem os "homens-lobo". A Charles Darwin para explicar a origem das espécies, a supremacia dos mais fortes. A F. Nietzsche para reclamar o poder para os super-homens que estão para além do bem e do mal.

Outra corrente sustenta que a natureza humana é uma espécie de recipiente vazio, pronto a ser preenchido pelos estímulos que recebe do exterior. Conforme a natureza destes estímulos assim será a criança, o adulto. As circunstâncias determinam aquilo que cada homem é. A contrapartida desta visão igualitarista, sustentada pela primeira vez pelos sofistas, foi o aparecimento de uma multiplicidade de métodos e técnicas para dar forma à natureza do homem..

Entre uma e outra corrente, existem uma multiplicidade de teorias que procuram articular o "inato" com o "adquirido", o "biológico" com o "social".

Tipos

Todas as mudanças são em certo sentido um acto de indisciplina ou de ruptura violenta com a ordem estabelecida. Não é possível encarar pois a indisciplina apenas de uma forma negativa. Ela pode assumir uma função criativa e renovadora das práticas instituídas. Os célebres acontecimentos de Maio de 1968, em França estão aí para demonstrarem todo o potencial criativo que pode estar contido nos actos de indisciplina dos jovens.

Manifestações de Indisciplina

As manifestações de indisciplina, nas suas formas mais elementares tornaram-se um rotina para qualquer professor. Exemplos de dois níveis de casos de indisciplina nas aulas:

Frequentes:

- Apatia do grupo.

- Cochicho

- Troca de mensagens e de papelinhos

- Intervalos cada vez maiores

- Exibicionismo

- Perguntas feitas de forma a colocar em causa o professor, ou a desvalorizarem o conteúdo das aulas

- Discussões frequentes entre grupos na alunos, de modo a provocarem uma agitação geral

- Comentários despropositados.

- Silêncios ostensivos

- Entradas e saídas "justificadas".

Excepcionais:

- Agressão a colegas

- Agressão a professores

- Roubos

- Provocações sexuais, racistas, etc.

O primeiro nível está hoje amplamente generalizado, o segundo está em crescimento.

Causas da Indisciplina

Não é fácil fazer o inventário das causas da indisciplina na escolas. O seu número não pára de aumentar, quase sempre suportada nos dias que correm numa sólida argumentação científica.

1.Família

As causas familiares da indisciplina estão à cabeça. É aí que os alunos adquirem os modelos de comportamento que exteriorizam nas aulas. Em tempos a pobreza, violência doméstica e o alcoolismo foram apontados como as principais causas que minavam o ambiente familiar. Hoje aponta-se o dedo também à desagregação dos casais, droga, ausência de valores, permissividade, demissão dos país da educação dos filhos, etc. Quase sempre os alunos com maiores problemas de indisciplina provém de famílias onde estes existem.

A novidade está contudo na participação directa dos país na violência que ocorre nas escolas. Impotentes para lidarem com a violência dos próprios filhos, muitos pais apontam o dedo aos professores que acusam de não os saberem "domesticar". Frequentemente estimulam e legitimam a sua indisciplina nas escolas. Alguns vão mais longe e agridem professores e funcionários.

2.Alunos

O que faz com que um aluno seja indisciplinado? É preciso dizer que muitas vezes as razões de fundo não são do foro da educação. Em muitos casos tratam-se de questões que deveriam ser tratadas no âmbito da saúde mental infantil e adolescente, da protecção social ou até do foro jurídico. O grande problema é que muitas vezes as escolas não conseguem fazer esta triagem. Tentam resolver problemas para os quais não estão preparadas ou nem sequer são da sua competência.

Todos os alunos são potencialmente indisciplinados, porque a escola é sempre sentida como uma imposição por parte do Estado ou da família. É por isso que as aulas são locais de constrangimentos e de repressão de desejos. Freud e depois Foucault dissecaram este problema. Nesta perspectiva o que acaba por diferenciar os alunos entre si é a atitude que assumem perante estas obrigações. Numa classificação de inspiração weberiana são distinguidos três tipos de alunos:

- Obrigados-satisfeitos: uma minoria que se conforma às exigências que a escola lhes impõe.

- Obrigados-resignados: A maioria que se adapta ao sistema procurando tirar partido da situação, atingindo dois objectivos supremos: "gozar a vida" e "passar de ano".

-Obrigados-revoltados: uma minoria inconformados (ou maioria conforme as circunstâncias sócio-económicas do meio). Da família à escola e desta à sociedade colocam tudo em causa: valores, normas estabelecidas, autoridade, etc..

Não é fácil explicar as razões que levam uns a assumirem-se como "conformistas" e outros como "revoltados". A "falta de afecto" ou a "vontade de poder" são, por exemplo, duas destas motivações. Há quem aponte também as tendências próprias de cada idade que transforma uns em "revoltados" e outros em "conformistas".

3.Grupos e Turmas

O grupo, enquanto conjunto estruturado de pessoas, tem uma enorme importância nos processos de socialização e de aprendizagem dos adolescentes. A sua influência acaba por ser decisiva para explicar certos comportamentos que os jovens demonstram e que são resultado de processos de imitação de outros membros do grupo. Certas manifestações de indisciplina, não passam muitas vezes de meras manifestações públicas de identificação com modelos de comportamento característicos de certos grupos. Através delas os jovens procuram obter a segurança e a força que lhes é dada pelos respectivos grupos, adquirindo certo prestígio no seio da comunidade escolar. Nada que qualquer professor não conheça. A turma é também um grupo, sem que todavia faça desaparecer todos os outros aos quais os alunos se encontram ligados dentro e fora da escola. Numa sociedade em que os grupos familiares estão desagregados, o seu espaço é cada vez mais preenchido por estes grupos formados a partir de interesses e motivações muito diversas.

4. Ministério da Educação

O Ministério da Educação é actualmente uma dos principais promotores da indisciplina nas escolas. Não apenas através da regulamentação que produz sobre a matéria, mas também das medidas avulso que toma ou da morosidade dos processos que aprecia. A ineficácia do sistema é neste domínio um poderoso estimulo à generalização de práticas desviantes.

Mas esta não é a única questão a considerar. As equipas que têm dirigido o Ministério da Educação são também responsáveis pela promoção de uma cultura de irresponsabilidade:

a) As sucessivas mudanças realizadas no sistema educativo em geral de forma atribulada e inconsequente. Como é sabido, entre nós, a máquina do Estado caracteriza-se há muito por ser ineficaz e ineficiente, sem que se apurem responsabilidades pelo que quer que seja. O Ministério da Educação não é excepção, pelo contrário é um dos exemplos paradigmáticos desta situação. A imagem que passa é de uma "casa" em convulsão permanente. Cada novo ministro procura deixar a sua "marca" numa nova reforma que nunca é concluída, nem sequer avaliada. A mudança continua dirigentes, aliada a ausência de uma avaliação do seu desempenho permite a mais completa impunidade e o constante improviso. Os serviços do próprio ministério não funcionam e dificilmente são reformáveis. Tudo isto acaba por veicular nas escolas e na sociedade a ideia que a educação é um domínio pouco sério.

b) A prática corrente de um discurso que des-responsabiliza os dirigentes e os serviços do Ministério, e que acaba sempre por imputar a responsabilidade pela pouca eficácia do sistema aos professores. Ao escamotear-se desta forma outros actores no processo, criam-se zonas cinzentas em todo o sistema. Desmotivam-se uns e fomenta-se a impunidade de outros. O resultado final só pode ser o aumento da permissividade no cumprimento das normas mais elementares.

5.Escola

A organização escola está longe de ser um modelo de virtudes. Funciona em geral de modo pouco eficaz e eficiente. A excessiva dependência do Ministério da Educação, tende a reduzir os que nela trabalham a meros executantes, sem capacidade de resposta para a multiplicidade problemas que enfrentam.

No passado o contributo dado pelas escolas para a indisciplina assentava na questão da selecção que operavam. As escolas eram acusadas de discriminarem os alunos à entrada e na constituição das turmas. A fazê-lo, criavam focos de revolta por parte daqueles que legitimamente se sentiam marginalizados. A questão ainda é colocada, mas não com acuidade que antes conheceu. Os contributos da escola para a indisciplina são agora outros.

Há muito que a escola deixou de ter um papel integrador dos alunos. Embora seja um espaço onde estes passam grande parte do seu tempo, nem sempre nela chegam a perceber quais são os seus valores, regras de funcionamento, etc.

Na verdade a escolas estão mal preparadas para enfrentarem a complexidade dos problemas actuais, nomeadamente os que se prendem com a gestão das suas tensões internas. A crescente participação de alunos, pais, entidades públicas e privadas nas decisões tomadas nas escolas tornou-se uma fonte de conflitos, que não raro acabam por gerar climas propícios à irrupção de fenómenos de indisciplina.

As Associações de Pais, quando funcionam, encaram muitas vezes os professores como um bando incompetentes que aproveitam todas as ocasiões para se furtarem às aulas. Repetem-se por todo o país os casos de membros destas associações que tirando partido da sua posição exercem pressão junto dos professores para beneficiarem os seus filhos.

6.Programas

A motivação é um dos factores fundamentais da aprendizagem. Para que a motivação exista nas escolas é necessário que os programas sejam próximos da realidade vivenciada pelos alunos e com temas agradáveis. No horizonte, qualquer programa escolar deverá ter, se possível, um emprego seguro e bem remunerado. Tudo o não passe por isto, é inútil e só pode conduzir situações de frustração, desmotivação, potenciando situações de crescente indisciplina. Estamos perante um discurso caricatural, mas que se encontra hoje amplamente difundido.

7. Regulamentos Disciplinares

Um regulamento disciplinar é tudo e não é nada. Os professores imaginam-se com ele a salvo de muitos problemas disciplinares, e por isso procuram torná-lo o mais completo possível. O aumento da sua extensão cresce na mesma proporção directa da sua inaplicabilidade. A questão é todavia meramente ilusória. Os professores partem do pressuposto que o mesmo será acatado pelos alunos, dado que foi aprovado pelos representantes, e que desta maneira se conformarão ao que nele estiver prescrito. Para os alunos, contudo, o regulamento não existe. O que impera na escola "é" a vontade dos professores e do Conselho Executivo. O regulamento será sempre mais um instrumento do seu poder discricionário.

8.Professores

Há professores que provocam mais indisciplina que outros. As razões porque isto acontece é que são muito variáveis, mas quatro delas são frequentemente citadas:

- Falta de capacidade para motivarem os alunos, nomeadamente utilizando métodos e técnicas adequadas.

- Impreparação para lidarem com situações de conflito.

- A forma agressiva como tratam os alunos estimulando reacções violentas.

- A estigmatização e a rotulagem dos alunos.

A estas razões junta-se agora uma outra mais recente: a crescente feminização do corpo docente. Se ela não estimula, certamente não facilita a questão da indisciplina afirmam os especialistas. Os rapazes seriam os mais afectados.

9.Sociedade

Há séculos que se apontam um série de nefastas influências sociais para explicar certos comportamentos violentos dos jovens. As práticas de diversão estão em geral à cabeça neste inventário das fontes de uma cultura da violência. No passado referiam-se os combates e as touradas, hoje aponta-se o cinema, mas sobretudo a televisão e certos grupos e géneros musicais. Mas o problema ultrapassa a diversão. As nossas cidades são particularmente violentas. A única forma de sobreviver é assumir esta cultura de violência. O discurso é conhecido.


A tudo isto, junta-se um outro elemento de peso: o individualismo hedonista. Obter o máximo prazer no mais curto espaço de tempo, não importa os meios.

10.Grupos Sociais Problemáticos

As escolas públicas são hoje frequentadas por populações escolares muito heterogéneas, contando no seu seio com um crescente número de alunos que provém de grupos sociais onde subsistem frequentemente graves problemas de integração social (ciganos, negros, etc.). Apesar da especificidade dos problemas destes alunos, a escola recusa-se, por uma questão ideológica a tratá-los de um modo diferenciado. A democraticidade do tratamento não elimina os problemas de socialização. Resultado: os problemas são transportados para dentro da sala de aula.

11.Ideologias

A abordagem da questão da violência não pode ser divorciada das ideologias políticas. As ideologias de direita sempre defenderam o primado do ordem e da responsabilização individual. O combate à indisciplina uma bandeira que sempre lhes foi cara. As ideologias de esquerda tende a ser mais tolerantes com a questão da indisciplina dos alunos. O problema é encarado como um mero reflexo de questões de natureza social, os alunos acabam por ser vistos como quot;vítimas" e não como "responsáveis". O resultado é para a adopção de praticas "desculpabilizadoras", "permissivas", etc. Trata-se de uma caricatura, mas como tal é largamente difundida.

Medidas Para Combater a Indisciplina

Castigo, Compromisso, Negociação e Criatividade. Estas são as receitas mais recomendadas.

Conclusão

A violência na escola



Aída Maria Monteiro Silva

A seguir, algumas questões para sua reflexão. Na sua escola:
- Todas as pessoas (alunos, funcionários, professores, pais...) são respeitadas?
- Os professores têm se atualizado, visando um ensino de qualidade?
- Os temas da violência e dos direitos dos cidadãos fazem parte integrante do currículo escolar?
- A escola oferece palestras e cursos sobre o tema da violência? Esses eventos têm contado com a participação da família e da comunidade?
- As diferentes opiniões são respeitadas ?
- As famílias têm assumido o seu papel na formação de seus filhos?
- As expressões dos alunos sobre as mais variadas situações têm sido incentivadas?
Se você respondeu sim à maioria das perguntas, ótimo! Sua escola exercita parte das sugestões de alunos e professores que participaram da pesquisa realizada pela autora desse texto, que discute a questão da violência na escola em busca de soluções criativas e coletivas.


"A questão da violência e as violações dos direitos humanos no Brasil, especialmente as que atingem a vida e a integridade física dos indivíduos, além de serem amplamente divulgadas na sociedade em geral, aparecendo com bastante ênfase nos meios de comunicação de massa, constituem-se, segundo as pesquisas de opinião pública, em uma das maiores preocupações da população nas grandes cidades."

"Esta negação dos direitos fundamentais à maioria da população brasileira encontra explicação no modelo econômico e social excludente, que apresenta grandes disparidades quanto ao acesso da população aos bens sociais, caracterizando-se como uma sociedade que apresenta uma das piores distribuições de renda do mundo. A convivência dos indivíduos, em extrema desigualdade social, certamente é um dos fatores que muito contribuem para a degradação do comportamento humano."

"É preciso que trabalhemos um novo formato de prática pedagógica, em que a escola passe a ser, de fato, local de aprendizagem, de uma nova cultura, a da aprovação e da formação da cidadania, entendida como a materialização dos direitos sociais a todos os cidadãos."