terça-feira, 23 de novembro de 2010

A necessidade dos Assistentes Sociais nas Escolas Públicas

A Educação é um direito social garantido em nossa Constituição. No entanto, a efetivação deste direito só foi possível com a organização e a luta de amplos setores sociais, não só de educadores, mas também de pais, estudantes e todos os cidadãos que acreditam na transformação social a partir da educação.

Mas não basta construir escolas e equipá-las. Pois dentro das nossas escolas vivenciamos todas as contradições de nossa sociedade. Lá nos deparamos com violências, reflexos de problemas familiares e sociais, que afetam de forma significativa o aprendizado de nossos alunos.

Como dentro da escola temos uma amostragem das diversas realidades que enfrentamos em nosso dia-a-dia, não podemos deixar apenas para os professores e pedagogos a tarefa de responder a estes desafios. Para responder a estes e outros desafios que são apresentados hoje é que se propõe a introdução do profissional do Serviço Social dentro das escolas. O seu trabalho possibilitará o fortalecimento das redes de sociabilidade e o acesso a serviços sociais e institucionais voltados para o reconhecimento e ampliação dos direitos dos sujeitos sociais envolvidos no processo educacional, notadamente os alunos e seus familiares.

É com este objetivo que estão sendo criadas as leis que introduzem o trabalho do Assistente Social nas Escolas. E aqui em Manaus, não pode ser diferente.

O cotidiano escolar enfrenta complexas questões sociais que o conhecimento pedagógico não consegue enfrentar sozinho precisando de outros saberes como o do Assistente Social.Desta maneira,confirma-se a hipótese de que há verdadeiramente a necessidade deste profissional na Educação.

Os problemas sócio educacionais podem ser atenuados por meio da atuação interdisciplinar do profissional do Serviço Social,em conjunto com os demais agentes escolares da rede pública.

A atuação do Assistente Social nas escolas públicas poderá contribuir para a ampliação da política educacional,uma vez que em muitos momentos as questões sociais mais pertinentes não são trabalhadas pela escola.

Tendo em vista que a educação é uma política pública de direito constitucional,este,portanto,deve ser garantido não somente com a democratização do acesso do sujeito à educação,mas sobretudo à qualidade do ensino,a fim de promover o crescimento cultural do indivíduo enquanto cidadão.Nesse contexto cabe ao profissional Assistente Social,por meio de sua prática,ampliar e contribuir para a sua garantia.

A educação,direito de todos e dever do Estado e da família,será provida e incentivada com a colaboração da sociedade,visando pleno desenvolvimento da pessoa,seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
(Constituição Federal,05jan.2004).

O sistema neoliberal compromete o sistema educacional,prejudicando a sua estrutura sócio-econômica e os indivíduos inseridos neste contexto,como os professores ,os alunos e seus familiares.

Nesta situação,faz-se necessária a intervenção do Assistente Social,que é o profissional que trabalha com as relações sociais e suas problemáticas.

O serviço social contribui com seu saber para impulsionar uma reflexão política aos segmentos populacionais , em que também possam reconhecer seus direitos e deveres , para exercerem sua cidadania.

Um dos grandes problemas da Escola Municipal Vicente Mendonça e da Secretária Municipal de Educação (SEMED) é Combater a evasão escolar é promover a permanência dos alunos nas escolas da rede municipal de ensino. Busca manter as crianças em idades compatível .

Causas da Evasão : Muitas vezes relacionadas com a situação familiar. É ai que entra a figura do Assistente Social, reuniões ( diretores , supervisores , pedagógicos ) ,Quando observa-se a ausência continuada de um aluno , comunica-se a direção da escola ou a supervisão pedagógica.

O primeiro contato é feito direito com o aluno,convoca-se os pais ou responsável, através de telefonemas , bilhetes , recados etc.

Se acaso não for possível o contato direto entre o aluno e a convocação dos responsáveis é feito o preenchimento da ficha de comunicação do aluno ausente , ao programa.

Se os pais dizerem que não podem mais com a vida do filho , a assistente social responsável pelo programa elabora um relatório social , deixando claro a condição sócio econômica da família do aluno e é feito o encaminhamento ao conselho tutelar.

Se por acaso não for possível contato com a família nem através do programa e conselho tutelar é feito um encaminhamento a vara da infância e da juventude , que aciona os pais ou responsável pelo aluno judicialmente.